Pilha Peluda de Composto Furry Compost Pile

2024, Sculpture Escultura

Cabelo humano, serragem, restos de comida, micélio (shimeji azul), gramíneas nativas de Ontário, papelão cortado a laser
Human hair, mulch, food scraps, mycelium (Blue Oyster Plug Spawn), Ontario native grasses, laser-cut cardboard

A partir do convite de Sunny Kerr / Agnes Etherington Art Centre para criar um trabalho para a exposição Landing, comecei a imaginar algo que fosse específico para o ambiente em Ontario, Canadá, mas que aproveitasse cabelos que guardei ao longo dos anos, meus, de minha mãe, e de amigos em Chicago. Então fiei os resto capilares em um barbante que usei para tecer a peça superior da escultura e, durante a montagem, colhi sementes de gramas nativas nas imediações e misturei ao bolo de composto – agora é esperar e ver o que germina até o final da exposição.

Este trabalho faz parte da série The Keratinophilic Cycle, um projeto no qual experimento maneiras de compostar cabelo humano, facilitando o ciclo de nitrogênio de volta ao solo. Leia mais sobre The Keratinophilic Cycle no texto publicado em Antennae #64

Invited by Sunny Kerr / Agnes Etherington Art Centre to create a work for the exhibition Landing, I began to imagine something specific to the environment in Ontario, Canada, but that made use of hair that I had saved over the years, from my own, my mother’s, and friends in Chicago. So I spun the remaining hair into a string that I used to weave the top piece of the sculpture. During the installation, I collected seeds from native grasses nearby and mixed them into the compost cake. Now we wait and see what grows by the end of the exhibition.

This work is part of The Keratinophilic Cycle series, a project in which I experiment with ways to compost human hair, facilitating the cycling of nitrogen back into the soil. Read more about The Keratinophilic Cycle in the text published in Antennae #64.

Maurício Chades é um artista e cineasta originário de Gilbués-PI. Vive e trabalha entre o Distrito Federal, Alto Paraíso de Goiás e os Estados Unidos. Bacharel em Audiovisual e Mestre em Arte e Tecnologia pela Universidade de Brasília e Master in Fine Arts pela School of the Art Institute of Chicago. Em Brasília, participou dos coletivos Espaço AVI, Kinofogo Cineclube e NINHO – Coletivo de Pesquisa em Arte, Interatividade e Agroecologia. Seu trabalho, entre filme, instalação, escultura e performance, especula sobre futuros simbióticos, queer e anticoloniais. Criando ambientes sintrópicos e tecendo alianças multi-espécie, sua prática artística combina contação de história com agricultura restaurativa, compostagem e fungicultura. Seus trabalhos foram exibidos em festivais de cinema e exposições nacionais e internacionais, como a Mostra de Cinema de Tiradentes, Olhar de Cinema, Queer Lisboa e FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica. Em 2019, sua primeira exposição individual, Pirâmide, Urubu, estreou na Torre de TV Digital de Brasília, projeto premiado com o Frankenthaler Climate Art Awards em 2022. Em 2023 participou da Bienal Videobrasil com Cemitério Verde, filme premiado em primeiro lugar no e-Flux Film Award.

Maurício Chades is an artist and filmmaker from Brazil. His works, in film, installation, sculpture, and performance, speculate about anticolonial symbiotic futures and queer ecologies. Envisioning syntropic environments and multispecies alliances, his art practice combines storytelling with restorative agriculture, composting, and fungiculture. He holds a BA in Cinema Studies, an MA in Art and Technology from the University of Brasilia, and an MFA from the School of the Art Institute of Chicago. He participated in collective groups such as Espaço AVI, Kinofogo Cineclube, and NINHO - Collective for Research in Art, Interactivity, and Agroecology. His works were shown worldwide, like at Queer Lisbon, Curitiba International Film Festival, and FILE – Electronic Language International Festival. In 2019, he presented his first solo show, Pyramid, Urubu, at The Brasilia Digital TV Tower, receiving the Frankenthaler Climate Art Awards in 2022. In 2023, Chades was featured at the Biennial Sesc_Videobrasil. His most recent accomplishment was the first prize of the e-flux Film Award for Green Cemetery.

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