Panorama da nova capital do Brasil Panorama of the New Capital of Brazil

2019, Videoinstalação, vídeo multicanal Video installation, Multichannel video
Brasília foi construída do zero para ser a nova capital do Brasil há 60 anos. De que maneira a ficção pode desfazer as forças modernistas da arquitetura de uma cidade imposta como modelo?
Do Córrego do Urubu se vê quase toda Brasília. A vista cotidiana do alto do morro, bem como pinturas panorâmicas da cidade do Rio de Janeiro no século XIX inspiraram este trabalho que brinca com a possibilidade de um ataque terrorista das galinhas que habitavam meu quintal, numa clara tentativa de retomar a paisagem.

Brasília was built from scratch to be the new capital of Brazil 60 years ago. How can fiction undo the modernist architecture forces in a city imposed as a model?
Almost all of Brasilia can be seen from Córrego do Urubu. The daily panoramic view inspired this work that plays with the possibility of a terrorist attack by the chickens that inhabit my yard, in a clear attempt to retake the landscape.

fotos: Mateus Lucena

Maurício Chades é um artista e cineasta originário de Gilbués-PI. Vive e trabalha entre o Distrito Federal, Alto Paraíso de Goiás e os Estados Unidos. Bacharel em Audiovisual e Mestre em Arte e Tecnologia pela Universidade de Brasília e Master in Fine Arts pela School of the Art Institute of Chicago. Em Brasília, participou dos coletivos Espaço AVI, Kinofogo Cineclube e NINHO – Coletivo de Pesquisa em Arte, Interatividade e Agroecologia. Seu trabalho, entre filme, instalação, escultura e performance, especula sobre futuros simbióticos, queer e anticoloniais. Criando ambientes sintrópicos e tecendo alianças multi-espécie, sua prática artística combina contação de história com agricultura restaurativa, compostagem e fungicultura. Seus trabalhos foram exibidos em festivais de cinema e exposições nacionais e internacionais, como a Mostra de Cinema de Tiradentes, Olhar de Cinema, Queer Lisboa e FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica. Em 2019, sua primeira exposição individual, Pirâmide, Urubu, estreou na Torre de TV Digital de Brasília, projeto premiado com o Frankenthaler Climate Art Awards em 2022. Em 2023 participou da Bienal Videobrasil com Cemitério Verde, filme premiado em primeiro lugar no e-Flux Film Award.

Maurício Chades is an artist and filmmaker from Brazil. His works, in film, installation, sculpture, and performance, speculate about anticolonial symbiotic futures and queer ecologies. Envisioning syntropic environments and multispecies alliances, his art practice combines storytelling with restorative agriculture, composting, and fungiculture. He holds a BA in Cinema Studies, an MA in Art and Technology from the University of Brasilia, and an MFA from the School of the Art Institute of Chicago. He participated in collective groups such as Espaço AVI, Kinofogo Cineclube, and NINHO - Collective for Research in Art, Interactivity, and Agroecology. His works were shown worldwide, like at Queer Lisbon, Curitiba International Film Festival, and FILE – Electronic Language International Festival. In 2019, he presented his first solo show, Pyramid, Urubu, at The Brasilia Digital TV Tower, receiving the Frankenthaler Climate Art Awards in 2022. In 2023, Chades was featured at the Biennial Sesc_Videobrasil. His most recent accomplishment was the first prize of the e-flux Film Award for Green Cemetery.

Curriculum

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