LED Azul descrevendo um Cone Blue LED Describing a Cone
2019, Videoinstalação Video installation
Incensário-Torre-de-TV-Digital impresso em 3D, incensos, lona, projeção mapeada
3D printed Digital TV Tower censer, incense sticks, canvas, mapped projection
A videoinstalação Led Azul Descrevendo um Cone aproveita um loop do curta-metragem JUCA. A luz colocada na roda da bicicleta serve para sinalizar, mas também adorna o veículo. Nesse enxerto, a bicicleta está imóvel e a roda gira em velocidade avançada, perde força e para de girar aos poucos. Ao sobrepor várias camadas do vídeo em tempos diferentes, dessincronizados, às vezes alcança-se a ilusão de ver um círculo azul, justamente pelo resíduo de pós-imagem que persiste em nossos olhos. O título faz referência direta ao trabalho “Line Describing a Cone”, de Anthony Mccall e considero que a principal novidade mostrada na paródia urubuense é a apresentação do trabalho em contextos bem diferentes: estreou na cachoeira do Córrego do Urubu, onde tudo começou; e, posteriormente, no espaço confortável de uma galeria de arte. A fumaça de um defumador e da fogueira nos ajudou a ver o cone de luz que estava ali, entre a lente do projetor e o círculo que encontra a superfície, da água do córrego ou do carpete da galeria. Na versão galeria, o que produz a fumaça é um incensário no formato da Torre de TV Digital, último monumento de Oscar Niemeyer. A versão em miniatura é um objeto impresso em 3D.
The Blue Led Describing a Cone video installation uses a loop from the short film JUCA. The light placed on the bicycle wheel serves to signal, but it also adorns the vehicle. In this piece, the bicycle stands still and the wheel spins at a fast speed, then it loses strength and stops spinning gradually. By superimposing several layers of the video at different times, out of sync, sometimes the illusion of seeing a blue circle is achieved, precisely because of the after-image residue that remains in our eyes. The title directly refers to the work “Line Describing a Cone” by Anthony Mccall and I consider that the main difference shown in this Urubu parody is the presentation of the work in very different contexts: it debuted at the Córrego do Urubu waterfall, where it all started; and, later, it was exhibited in the comfortable space of an art gallery. The smoke from the smoker and the bonfire helped us to see the cone of light that was there, between the projector lens and the circle on the surface —either of the stream water or the gallery carpet. In the gallery version, the smoke comes from a censer shaped as the Digital TV Tower in Brasilia — Oscar Niemeyer’s last monument. The miniature version is a 3D printed object.
Maurício Chades é um artista e cineasta originário de Gilbués-PI. Vive e trabalha entre o Distrito Federal, Alto Paraíso de Goiás e os Estados Unidos. Bacharel em Audiovisual e Mestre em Arte e Tecnologia pela Universidade de Brasília e Master in Fine Arts pela School of the Art Institute of Chicago. Em Brasília, participou dos coletivos Espaço AVI, Kinofogo Cineclube e NINHO – Coletivo de Pesquisa em Arte, Interatividade e Agroecologia. Seu trabalho, entre filme, instalação, escultura e performance, especula sobre futuros simbióticos, queer e anticoloniais. Criando ambientes sintrópicos e tecendo alianças multi-espécie, sua prática artística combina contação de história com agricultura restaurativa, compostagem e fungicultura. Seus trabalhos foram exibidos em festivais de cinema e exposições nacionais e internacionais, como a Mostra de Cinema de Tiradentes, Olhar de Cinema, Queer Lisboa e FILE – Festival Internacional de Linguagem Eletrônica. Em 2019, sua primeira exposição individual, Pirâmide, Urubu, estreou na Torre de TV Digital de Brasília, projeto premiado com o Frankenthaler Climate Art Awards em 2022. Em 2023 participou da Bienal Videobrasil com Cemitério Verde, filme premiado em primeiro lugar no e-Flux Film Award.
Maurício Chades is an artist and filmmaker from Brazil. His works, in film, installation, sculpture, and performance, speculate about anticolonial symbiotic futures and queer ecologies. Envisioning syntropic environments and multispecies alliances, his art practice combines storytelling with restorative agriculture, composting, and fungiculture. He holds a BA in Cinema Studies, an MA in Art and Technology from the University of Brasilia, and an MFA from the School of the Art Institute of Chicago. He participated in collective groups such as Espaço AVI, Kinofogo Cineclube, and NINHO - Collective for Research in Art, Interactivity, and Agroecology. His works were shown worldwide, like at Queer Lisbon, Curitiba International Film Festival, and FILE – Electronic Language International Festival. In 2019, he presented his first solo show, Pyramid, Urubu, at The Brasilia Digital TV Tower, receiving the Frankenthaler Climate Art Awards in 2022. In 2023, Chades was featured at the Biennial Sesc_Videobrasil. His most recent accomplishment was the first prize of the e-flux Film Award for Green Cemetery.